Quando minha irmã morreu, lá se vão 37 anos, suas meninas não encontraram uma única linha das muitas que sabiam que ela escrevia. Imaginaram e lamentaram que a mãe, pressentindo o fim, tivesse escolhido não deixar vestígios da intimidade de seu espírito. Para mim também estava claro que ela escrevesse, porque uma vez me contou, a propósito de nosso aluamento comum, que encontrara entre suas coisas uns versos escritos com sua caligrafia, e ficara sem saber se eram dela ou se os copiara de algum livro. Por alguma razão ela me disse os versos e eu os retive na memória, sem nunca tê-los lido ou transcrito da fala de minha irmã. São estes:
"Essa que te segue calma
pela areia deslizando
não é tua sombra, é minh'alma
que teus rastros vai beijando".
A irmã de que falo é essa polaquinha em primeiro plano, a segunda menina da esquerda para a direita.
"Essa que te segue calma
pela areia deslizando
não é tua sombra, é minh'alma
que teus rastros vai beijando".
A irmã de que falo é essa polaquinha em primeiro plano, a segunda menina da esquerda para a direita.
Lindos versos!
ResponderExcluirSejam lá de quem sejam! Abraço.
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