sexta-feira, 11 de junho de 2010

como quase matei um amigo engasgado de tanto rir

Não há nada mais engraçado do que uma piada involuntária. Há muitos e muitos anos, estava eu na fila de espera dos elevadores do edifício Jaime Canet, em Curitiba, onde então trabalhava, quando notei à minha frente uma colega de outro departamento, alguns andares acima do meu, com quem na verdade eu jamais tinha antes conversado. Mas eu sabia que ela voltava de uma licença maternidade e, depois do breve cumprimento de sempre, achei por bem fazer as perguntas de praxe: foi tudo bem?, como é que está o neném?, etc. e tal... Ela prontamente sacou da bolsa e me passou um álbum de fotos para que eu soubesse de tudo com meus próprios olhos. Alguns segundos depois o elevador chegou, entramos todos, e eu inadvertidamente comecei a folhear o álbum, sentindo vários pares de olhos por sobre o meu ombro, não sei se constrangidos como eu, ao ver a sucessão de fotos da moça nua, completamente pelada, com o filhinho mamando, o filhinho arrotando, o filhinho dormindo, etc. Eu achei a coisa de extremo mau gosto e fiquei aliviada quando o elevador parou no meu andar e me livrei daquilo. Fui correndo contar o episódio estúrdio ao meu bom, engraçado e espirituosíssimo amigo Sérgio Ijaile que – vim a descobrir depois – não ia nem um pouco com a cara dessa moça. Ao final do meu relato, que ouviu o tempo todo com um ligeiro ar de quem cheira peido, ele perguntou:
- e a bazófia dela, também aparecia na foto?
Eu, que até então nunca tinha ouvido essa palavra, bazófia, não tive entretanto qualquer dúvida quanto ao seu significado, e prontamente respondi:
- Não, também não chegou a tanto, o neném estava acomodado justamente em cima da “bazófia”.

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