Há muito tempo, tendo eu lido pela primeira vez São Bernardo, um amigo espantou-se quando lhe falei que não me referia a Madalena ao dizer ter encontrado, entre todos os livros que já lera, o personagem com o qual mais me identificava. Alguns anos e um certo lustre depois, vim a aprender que esse bruto, proprietário de terras, "coronel assassino", não é figura com que alguém normal se identifique. Pois hoje em dia, ou porque eu não seja mesmo propriamente normal, ou por tê-lo conhecido ainda em tempos de minha inocência intelectual, Paulo Honório continua sendo para mim a criatura mais comovente de toda a ficção que conheço.
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