Aqui no meu bairro aparece com certa freqüência um pessoal das Testemunhas de Jeová, firmemente imbuído da missão de “explicar” as palavras do livro sagrado aos infiéis de todos os credos e ateus como eu. Em geral uso de um expediente bastante eficaz para me livrar dessas conversas: se desconfio que é alguém deles no portão, apareço meio esbaforida, com um avental muito surrado, um pano branco na cabeça à maneira das polacas da minha terra em outros tempos e outro pano nas mãos, como se as limpasse (na verdade estou sempre meio assim); se a conversa ameaça ir longe vou logo me desculpando, “que estou com as panelas no fogo”. Há dias porém em que amanheço enternecida com todas as criaturas do mundo, ou, como é mais comum, sentindo-me extremamente culpada pelo que fiz, pelo que não fiz, pelo que ainda vou e não vou fazer, de modo que me submeto ao trololó, ou como exercício de boa vontade, ou como penitência pelo meu interminável cordão de pecados.
Estava eu num desses dias de excepcional paciência ouvindo uma conversa comprida no portão, enquanto à minha volta brincava pulandinho o meu pagãozinho mais novo, à época com uns cinco anos de idade e que até então não tinha o menor conhecimento das coisas de religião. De repente o homem inventa de se dirigir ao menino: “Joãozinho, você já reparou quanta flor bonita tem no seu jardim, e de que cores tão variadas? Você sabe me dizer quem foi que fez tudo isso, Joãozinho? Esse meu filho, que desde neném é bastante retórico e aprecia muito uma “cena”, faz uma carinha de quem perscruta os céus e responde: “Bem... seriam... os deuses?”. O homem, que afinal de contas era até boa gente, replica: “ O maior de todos, Joãozinho, você sabe me dizer qual é o maior de todos?” E o menino, saltitante, com o indicador para cima, impaciente para responder: “ Sei, sei, eu sei, é Zeus!
Estava eu num desses dias de excepcional paciência ouvindo uma conversa comprida no portão, enquanto à minha volta brincava pulandinho o meu pagãozinho mais novo, à época com uns cinco anos de idade e que até então não tinha o menor conhecimento das coisas de religião. De repente o homem inventa de se dirigir ao menino: “Joãozinho, você já reparou quanta flor bonita tem no seu jardim, e de que cores tão variadas? Você sabe me dizer quem foi que fez tudo isso, Joãozinho? Esse meu filho, que desde neném é bastante retórico e aprecia muito uma “cena”, faz uma carinha de quem perscruta os céus e responde: “Bem... seriam... os deuses?”. O homem, que afinal de contas era até boa gente, replica: “ O maior de todos, Joãozinho, você sabe me dizer qual é o maior de todos?” E o menino, saltitante, com o indicador para cima, impaciente para responder: “ Sei, sei, eu sei, é Zeus!
Essa foi boa! rss
ResponderExcluirSe me permitires, gostaria de divulgar através do seu espaço o endereço do meu blog onde falo justamente deste tema: Testemunhas de Jeová. Nele mostro como essa religião tem deturpado às Escrituras. Um abraço! http://richardweiler.blogspot.com