quinta-feira, 28 de janeiro de 2010

oh-trem-oh


Acho interessante que uma casa tenha coisas bonitas guardadas, não escondidas, guardadas em local discreto ou de trânsito mais raro, de modo que quem eventualmente dê por elas sinta-se distinguido por uma espécie de revelação. Foi inspirada nessa idéia que criei a “caixa do segredo” que aparece na banda de “gadgets” à direita: por fora fiz esse abstrato/geométrico lembrando vagamente umas telas de Paul Klee; a coisa meio lúdica do quadriculado colorido já me agrada bastante, mas reservei para o interior da caixa algo que acho muito mais bonito, a reprodução de uma obra de Monet. A caixa do segredo serve para nada ou para guardar coisas preciosas, tais como cartas do namorado, fotos, um objeto qualquer que remeta a um tempo feliz do passado, etc. O importante é que ela, ainda que vazia, contenha sem alarde essa coisa bela e inesperada. Meu marido, que tem obsessão por trens, batizou esta caixa de “oh-trem-oh”, e eu gostei.

2 comentários:

  1. Uma lembrança para colocar dentro da caixa.
    O Celso era bem pequenino: quando vínhamos de Campinas e o trem apitava ao chegar em Casa Branca, ele falava bem alto: Can Canca!

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  2. "a caixa do segredo serve para nada". Gosto de coisas que de tão lindas não precisam servir. São, simplesmente, por tudo e para nada.

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