quarta-feira, 10 de novembro de 2010

"O Tirpe", ou "história com final feliz"




Meu irmão seguiu à risca a orientação de nosso pobre pai, para navegar pela vida sem fome e sem muito percalço: entrou logo para o Banco do Brasil, fez carreira com jeito e gosto, até que, nauseado com o “os novos conceitos admnistrativo-empresariais”, as técnicas ultra-modernas de competição - rasteira e golpe baixo - aposentou-se assim que deu. Mas antes de aposentar-se morou em várias paragens e numa delas teria ficado até o final dos tempos, se a família não reclamasse a volta para o interior do Paraná: nas Alagoas descobriu o cenário que queria para a vida e sua vocação de audaz navegante e pescador.
Agora, já distante daqueles dias de jangada e mar azul, ele descobre nova paragem às margens do rio Paraná e novo amor: um barquinho batizado com o apelido de nossa mãe, Lali, uma homenagem, claro, mas decerto também um pedido para que ela o proteja dos perigos do rio-mar. Que assim seja!

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